A pandemia do novo coronavírus mudou, definitivamente, o modo como pensamos e fazemos eventos. Um dos primeiros setores a fechar e também os últimos a serem reabertos, a crise sanitária trouxe desafios para a classe, mas também acelerou a transformação digital que acontecia gradativamente.
Atenta para uma retomada segura, seguindo as tendências internacionais, a ZAZ Produções é a primeira agência de eventos e cultura da América Latina a adquirir a tecnologia, que consiste em uma plataforma de criação de cenários 3D em tempo real.
"Como fazemos muitos eventos transmitidos em multiplataformas, isso entra como diferencial. Saímos da zona de conforto e conseguimos entregar cenários espetaculares em realidade virtual", afirma o CEO da ZAZ Produções, André Zavarize.
A tecnologia insere uma realidade 3D criada primeiro em um software chamado Unreal Engine, que foi desenvolvido pela Epic Games, empresa de games que criou o Fortnite, visando novos projetos na área. Contudo, a plataforma logo foi absorvida pela indústria do cinema, quando os diretores perceberam que podiam usar o Unreal Engine para analisar a aplicação dos efeitos especiais in loco, ao invés de esperar para saber como ficariam na pós-produção, agilizando o processo e aumentando a liberdade de criação.
O software permite a criação de cenários em eventos no melhor estilo cinematográfico. A imaginação, por sua vez, ganha espaço para ser concretizada. É possível colocar o mestre de cerimônia em uma floresta ou no cume de um monte, por exemplo.
"O setor de eventos tem uma capacidade muito grande de gerenciar crises, e a pandemia nos obrigou a pensar em novas formas de entregar um evento. Queríamos ir além das lives normais, [tomando] todos os cuidados sanitários", analisa André.
"Estamos trabalhando com três plataformas: uma com capacidade para até quatro mil pessoas, a segunda para públicos de 10 a 40 mil pessoas, e uma terceira que nos dá a possibilidade de apresentar stands em 3D. Estamos com tecnologia de ponta, conseguimos entregar resultados de níveis internacionais", conclui.

Por Lucas Lima e Paula Mariane, da ZAZ Produções.